quinta-feira, 31 de julho de 2008

Tecnologia japonesa

Tecnologia no japão #

Há apenas alguns anos, a liderança japonesa em tudo o que é digital era fácil de ser vista. Consumidores japoneses podiam comprar gadgets domésticos de marcas como Sony, Toshiba e Panasonic muitas vezes até um ou dois anos antes que os produtos chegassem a outros países. Mas agora as coisas mudaram.

Com eletrônicos sendo lançados cada vez mais simultaneamente em todo o mundo, não é mais o hardware que torna algo legal, mas sim o que você pode fazer com ele.

TV digital móvel

Vejamos o OneSeg, sistema de TV digital móvel do Japão. A indústria de eletrônicos inteira, emissoras de TV e governo fecharam acordo em torno de um único padrão de transmissão, eliminando a competição técnica que emperra esse serviço nos EUA e na Europa.

O resultado é um serviço popular com acesso a praticamento todos os canais convencionais sem custo adicional. Cerca de 20 milhões de telefones celulares com o serviço já foram vendidos, e tem sido cada vez mais comum ver pessoas assistindo TV em trens e cafés no Japão.

Os telefones mais modernos também permitem que você grave programas de televisão. E se você estiver em um espaço público, mas tiver esquecido dos seus fones de ouvido, não tem problema. É só apertar alguns botões que as legendas aparecem, o que permite ver a programação com o áudio desligado.

Além disso, uma empresa de dados terceirizada fornece informações sobre o programa que está no ar, promoções das emissoras e, freqüentemente, um link para o site de Internet móvel da estação de TV.

Serviço financeiro móvel

Outra coisa que também está popularizada nos celulares hoje em dia é o "Osaifu keitai", o serviço financeiro móvel. Os telefones têm um cartão inteligente embutido aos quais é possível instalar aplicativos e usá-lo como moeda eletrônico.

Dessa maneira, o telefone pode operar como um ticket eletrônico para pagamento de transporte público, cartão de fidelidade de companhias aéreas ou um cartão de crédito bastando que se acrescente alguns softwares a ele.

A força desse sistema no Japão deve-se ao fato de que a indústria se fixou em apenas um tipo de smart card, o Felica da Sony. Caso o telefone possua tal hardware instalado, o acréscimo de novas funcionalidades depende apenas da instalação de aplicações.

A NTT DoCoMo, maior operadora de telefonia do Japão, fornece a todos os seus clientes uma aplicação de cartão de crédito eletrônico denominada DCMX Mini e que oferece um limite de crédito de 10 mil iene - cerca de 94 dólares. Os gastos realizados são debitados na conta de telefone do cliente.

Quem quiser pode solicitar um limite de crédito maior e utilizar o celular como um cartão de crédito convencional. Para realizar pagamentos com o dispositivo, basta aproximá-lo cerca de 2,54 centímetros do leitor para concretizar a transação.

O dinheiro eletrônico – algo que foi testado diversas vezes durante o período conhecido como a 'bolha da internet', mas não deu certo – agora está se tornando muito popular graças ao "Osaifu keitai".

Dentre os sistemas de dinheiro eletrônico no Japão, o Edy da BitWallet é o líder de mercado, aceito em mais de 71 mil lojas de conveniência, livrarias, redes de café e máquinas de snacks.

Mais de 37 milhões de cards e celulares compatíveis com o Edy estão em circulação no mercado japonês e a rede opera quase um milhão de transações por dia em média.

Carros conectados

No Japão, sistemas de navegação veicular foram, por anos, acessório indispensável. As ruas de cidades como Tokyo muitas vezes não têm nomes, o que tornava esses sistemas bons economizadores de tempo.

Lique um destes dispositivos a seu celular e você terá uma conexão através da qual informações mais atualizadas sobre tráfego e caminhos de ruas estarão disponíveis. O sistema já sabe onde fica o posto de gasolina mais próximo, mas com o link da rede, ele também pode dizê-lo até onde fica o mais barato, graças a atualizações diárias nos preços do combustível.

Quando você está dirigindo, o telefone pode conectá-lo a um operador que vai ajudá-lo na sua jornada e até reprogramar remotamente seu sistema de navegação, de maneira que você não precise nunca tirar suas mãos do volante.

Cerca de 10% das ruas são cobertas com sensores que fornecem informação sobre o trânsito. A Nissan está testando um novo sistema que coleta dados sobre as ruas em que você andou e as velocidades que atingiu e os envia para um computador central que adiciona a informação à base de dados de tráfego para um retrato mais completo dos congestionamentos.

A alta tecnologia também está sendo empregada na segurança dos carros, como é o caso do Round View Monitor. Os sinais de vídeo de quatro câmeras instaladas no veículo são processados e combinados em uma imagem só, de modo que você tenha a sensação de estar vendo o seu carro de cima. Isso torna muito fácil o uso da ré em espaços apertados e é um grande passo para além das câmeras simples presentes agora em alguns caminhões e carros maiores.

No aguardo do Big one

Um assunto levado muito a sério na Japão são os terremotos e a prevenção de desastres. O problema é que você nunca sabe quando um tremor pode acontecer, certo? Bem, não necessariamente.

Um sistema de alerta que acaba de entrar em operação detecta rapidamente as primeiras ondas – fracas, mas velozes – de um terremoto e as utiliza para estimar quando as lentas – mas destrutivas – ondas secundárias vão chegar.

O mecanismo não auxilia quem mora no epicentro do terremoto, pois, nesse caso, os dois tipos de ondas chegam quase que simultaneamente. Mas em caso de tremores maiores, avisos de qualquer lugar desde poucos segundos até um minuto podem ser fornecidos quase instantaneamente.

Isso é o suficiente para mandar parar trens, preparar uma fábrica para uma parada de emergência e desligar o gás de casa. A maioria das mortes no tremor de Kobe, em 1995, veio de incêndios que começaram após o terremoto. Assim, prevenir chamas é importante.

Robôs

Nenhuma discussão sobre tecnologia no Japão estaria completa sem se falar sobre robôs. Pesquisadores japoneses são os liderem em tecnologia robótica, e humanóides como o Asimo da Honda são extremamente impressionantes.

A última versão do Asimo consegue servir bebidas em uma bandeja e ganhou a habilidade de trabalhar de maneira inteligente com outro robô Asimo nas redondezas para que as tarefas sejam concluídas mais rapidamente.

Dois dos robôs passaram a maior parte do mês de janeiro trabalhando nos escritórios da Honda em Tokyo, levando chá e café a convidados – e com certeza divertindo as visitas ao mesmo tempo.

A fabricante rival Toyota tem um monte de robôs, incluindo um que toca violino, apresentado em dezembro (ele segue a linha de um outro, criado há um ano, que toca trombeta – estaria uma orquestra sinfônica a caminho?).

A empresa tem também o Robina, projetado para servir de guia em locais públicos. A Toyota o colocou em uso no ano passado em um saguão público no Japão e espera que o Robina seja comercialmente viável na metade da próxima década.

Um papel muito mais sério tem o Twendy One, um robô de auxílio doméstico desenvolvido pela Universidade Waseda de Tokyo. Ele faz muitas tarefas básicas, com as quais uma pessoa debilitada pode precisar de ajuda, como ajudar a levantar da cama e servir alimentos e bebidas.

O robô ainda está em fase de desenvolvimento, mas pode ter um futuro brilhante: a população japonesa está envelhecendo rapidamente – 22% das pessoas já têm mais de 65 anos – e a taxa de natalidade está diminuindo.

Isso provavelmente significa um futuro déficit de mão-de-obra. Esta é uma das razões pela qual muito dinheiro está sendo injetado na tecnologia robótica nesta nação já repleta de tecnologia.

A tecnologia japonesa cresce cada vez mais com o passar do tempo. Aspectos importantes vem sendo criados pelos japoneses com o destino a sociedade mundial.
A nanotecnologia atualmente é um dos pontos mais importantes para a evolução de certas áreas, com seus robôs minusculos que poderão ser usados futuramente pela medicina para tratar e curar doenças.

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